As aplicações para IoT são muitas e diversas. Cada tipo de indústria pode utilizar o recurso para sanar problemas específicos dentro do empreendimento e, com isso em mente, é hora de conhecer alguns dos principais exemplos de uso da IoT no mercado.

Que tipo de informações a sua empresa precisa possuir sobre essa tecnologia antes de investir? Quais são os usos para a internet das coisas em 2018? Como o mercado está acompanhando o avanço da IoT?

Neste guia, você entenderá exatamente como o recurso funciona e o que é preciso saber para implementá-lo! Vamos lá?

Qual a definição de Internet das Coisas?

Internet das Coisas é o termo que utilizamos para designar um  número de dispositivos fixos que estão conectados à internet, enviando dados sobre suas atividades em tempo real. As coisas podem ser tão diversas quanto você conseguir imaginar, desde dispositivos que controlam casas inteligentes (acendendo e apagando luzes) a sensores que auxiliam a indústria a poupar na conta de água.

Os processadores e as redes wireless se tornaram mais baratos e comuns; conectar coisas à internet virou uma tarefa menos complicada e abriu oportunidade para que várias empresas investissem nessa tecnologia. Para entendê-la, você pode considerar que a Internet das Coisas é uma camada de inteligência em dispositivos que já fazer parte da sua rotina, como micro-ondas e fornos de cozinha.

Mas, ela também inclui a criação de novos recursos, capazes de endereçar necessidades específicas utilizando a internet como controle remoto. A melhor maneira de compreender plenamente o conceito de IoT, porém, é visualizando alguns exemplos do uso do recurso. Como mencionamos, qualquer objeto conectado à internet pode ser uma “Coisa”.

Um termostato inteligente — que controla a temperatura de uma residência levando em consideração fatores como o clima fora da propriedade e a quantidade de pessoas que estão no local — é uma Coisa. Um carro que pode ser conduzido remotamente, sem que o motorista precise guiá-lo, também.

É preciso, todavia, fazer uma importante distinção. Geralmente, o que consideramos Internet das Coisas são os objetos que não teriam que estar conectados à web para funcionar, mas que ganham novas funcionalidades porque estão. Dessa forma, um computador não pode ser visto como uma Coisa, porque é natural que ele tenha acesso à rede mundial — e o mesmo é válido para um smartphone.

Já um relógio que tem IP e se conecta à rede é visto como uma Coisa, pois não esperamos que esses dispositivos tenham tal capacidade e, quando eles a apresentam, ganhamos funcionalidades, como acesso à previsão do tempo e rotas guiadas por GPS.

Conhecer melhor a história da Internet das Coisas também pode ajudá-lo a tirar suas dúvidas sobre a própria definição de IoT. Há muitos anos, cientistas e autores de ficção científica descrevem um mundo em que todos os objetos estarão conectados e serão mais úteis para a humanidade. Entretanto, enquanto as conexões wireless não foram inventadas, ligar um dispositivo comum à web era uma tarefa trabalhosa demais e que não apresentava um custo-benefício atraente.

A criação de tags RFID foi um grande avanço para o desenvolvimento da Internet das Coisas, mas foi a adoção do IPv6 (que proporcionou a criação de mais endereços na web) que permitiu que essas tags fossem utilizadas em larga escala para tornar a tecnologia acessível o bastante. O termo IoT, por sua vez, foi cunhado em 1999, ainda que uma década antes que a tecnologia se tornasse, de fato, viável.

Como com a maioria das novidades, a IoT foi adotada inicialmente por empresas e indústrias. Afinal, as conexões entre máquinas têm aplicabilidades evidentes nesses ambientes, como o monitoramento das mesmas. Levou algum tempo para que a ideia de trazer os dispositivos inteligentes para as nossas casas “pegasse”. Ferramentas como o Amazon Echo e o Google Home tornaram-se alguns dos objetos mais desejados em IoT.

Como ela funciona em 2019?

Confira algumas das principais aplicações para IoT disponíveis atualmente e veja como cada uma delas pode funcionar dentro da sua empresa.

Sensores

Os sensores inteligentes são o grande destaque na IoT, atuando como recurso para monitoramento de diversas áreas da organização. Eles podem verificar como estão funcionando as suas máquinas, dar início a processos (como a irrigação de plantios) e enviar alertas antecipados sobre problemas que possam interromper a cadeia produtiva.

Comunicação e análise de dados

Conectadas à internet de forma constante, as Coisas transmitem informação em tempo real sobre um empreendimento. Isso quer dizer que elas podem noticiar os estágios de produção que estão em andamento e que geram dados o tempo todo, otimizando as operações da empresa.

Análise preditiva

Com essa miríade de informações de monitoramento que a IoT traz para o empreendimento, realizar análises preditivas é muito mais simples. Dados do passado, presente e futuro podem ser inseridos em sistemas inteligentes, que vão auxiliar você na tomada de decisões.

Machine learning

Por meio do aprendizado de máquina, empresas conseguem fazer com que seus processos melhorem utilizando a Internet das Coisas. A partir de algoritmos, um sistema pode aprender gradualmente como reagir a situações diferentes. A falta de chuva, por exemplo, pode ensinar um dispositivo de irrigação a corrigir o problema sempre que for notificado dele.

Monitoramento de localização em tempo real

A segurança pública é uma das áreas que mais se beneficia da Internet das Coisas, principalmente quando falamos em recursos de monitoramento de localização. As cidades inteligentes utilizam dispositivos IoT para informar seus moradores tanto quanto possível. Onde estacionar, que parques estão abertos, em que locais o tráfego está mais intenso e, claro, onde crimes foram cometidos recentemente e que áreas evitar.

O monitoramento de localização é o foco dos projetos Open Data, como o SFMTA Bike Ridership Data Program. Sensores são acoplados a bicicletas compartilhadas para informar sobre problemas de mobilidade na cidade de San Francisco. Os dados são compartilhados com ambulâncias e patrulhas policiais para que eles saibam que rota é a mais eficiente para chegar a um lugar onde há problemas.

Inteligência Artificial

Para que a IoT atinja todo o seu potencial, associá-la à inteligência artificial é imprescindível. Dentre as startups ligadas à Internet das Coisas, as mais relevantes já usam AI para criar serviços melhores. Esse é o caso da Interactor.

A empresa oferece processamento de dados para as organizações que utilizam IoT, com um software que utiliza Inteligência Artificial no local em que o dispositivo está instalado — e não na nuvem. O recurso permite que as análises sejam feitas em um tempo menor e acelerem o processo decisório.

Como seu empreendimento pode absorver IoT?

É muito comum que a Internet das Coisas nas indústrias seja referenciada pelo acrônimo IIoT, ou Industrial Internet of Things (Internet das Coisas Industrial). Essa nomenclatura diferenciada serve para nos lembrar que foi aqui que a IoT foi abraçada primeiro e, portanto, onde a tecnologia já está mais desenvolvida e tem mais aplicabilidades.
Não podemos, todavia, generalizar. Assim como algumas organizações utilizam softwares melhor do que as outras e encontram uma série de vantagens nisso, também temos aquelas que obtêm mais benefícios que as outras quando o assunto é IoT.

Dois retornos comuns para as empresas que escolhem apostar nessa tecnologia são uma melhor coleta de dados e o aumento da eficiência empresarial. Mas é como cada marca escolhe inserir a Internet das Coisas no seu dia a dia que define os benefícios que ela pode trazer em particular.

Veja, a seguir, algumas das principais maneiras como o seu empreendimento pode absorver IoT.

Segurança

Proteger o ambiente de trabalho de ameaças externas pode ser uma tarefa complicada, mas os dispositivos conectados à internet vieram para ajudar. Cadeados inteligentes — que permitem controlar e monitorar uma porta de qualquer lugar do mundo — são apenas um dos recursos de IoT para aumentar a segurança nas empresas.

É comum precisar dar acesso a um ambiente para várias pessoas, mas ter pouco controle sobre quem entra e sai. Com chaves personalizadas e virtuais, a IoT soluciona esse problema, permitindo que você saiba exatamente quando e quantas vezes um funcionário acessou um armazém ou uma sala lotada de documentos. Revogar a permissão de um ex-colaborador passa a ser uma tarefa fácil, que aumenta a proteção dos dados no ambiente de trabalho.

Mas são as câmeras conectadas à IoT que impressionam ao serem absorvidas pelas empresas. Além de oferecerem segurança em tempo real, podendo ser monitoradas mesmo quando você não está no local, elas associam tecnologias como o reconhecimento facial para oferecer ainda mais proteção.

Logística

A distribuição de produtos e a entrega de bens é outra atividade que pode ser mais simples com IoT. A maioria das empresas que lida com grandes volumes de carga e muitas entradas e saídas têm dificuldades para acompanhar o que acontece com seus estoques em tempo real.

Inserir dados manualmente, mesmo que em sistemas de organização altamente eficientes, é trabalhoso — e há uma maneira mais ágil de acessar esses dados: implementando tags inteligentes e sensores nos pacotes.

Com elas, saber onde cada item do seu inventário está e quantas peças de cada produto se tem é um processo automatizado. E em vez de perder tempo enviando um funcionário para buscar um produto que não está ali, sua empresa pode direcioná-lo ao lugar exato em que um objeto se encontra no armazém.

Outras partes da logística também ganham eficiência com IoT. Caminhões e carros de entrega podem ser monitorados para que, com os dados obtidos, a sua empresa consiga gerar rotas otimizadas e, assim, poupar recursos na distribuição de produtos.

Monitoramento de processos

Outro uso estratégico das coisas nas empresas é o monitoramento de processos. Como empreendedor, você já deve saber: o que pode ser medido, pode ser otimizado. Portanto, é muito importante conseguir informações precisas sobre todas as áreas da empresa. É provável que já faça isso com KPIs, mas é a IoT que trará mudanças de grande impacto para o monitoramento.

A questão aqui é de granularidade. Um sistema que pode ser dividido em tantas pequenas partes quanto possível é mais granular do que aquele que não — e é essa granulosidade que faz com que obtenhamos medições mais próximas do que acontece no mundo real.

Um dispositivo em cada parte do processo de produção consegue acompanhar melhor o funcionamento de máquinas do que quando a única métrica acessível é o volume de produção. Mudanças assim são possíveis com IoT, e as otimizações decorrentes da coleta de dados farão muita diferença nos resultados obtidos pelo seu empreendimento.

O que considerar na implementação de IoT?

Como mencionamos nos tópicos anteriores, a maneira que uma empresa implementa IoT faz grande diferença no desempenho do projeto. O sucesso em adotar essa tecnologia é mais facilmente atingido pelas empresas que a utilizam para transformar sua maneira de fazer as coisas, criando processos mais eficientes com o auxílio dos sensores que utiliza.
Para isso, a primeira coisa que deve mudar é a maneira como você vê a tecnologia. Estratégia deve estar em primeiro lugar. Implementar IoT apenas porque outras empresas estão fazendo isso não trará bons resultados para as suas operações. É preciso ter um objetivo claro na hora de optar por essa (e qualquer outra) tecnologia. Ela deve solucionar problemas específicos ou melhorar processos em particular e, por isso, é preciso contar com a ajuda de uma equipe experiente na implementação.

Uma equipe de TI interna pode incorrer em erros, como preocupar-se demais com a tecnologia e de menos com o contexto em que ela estará inserida. Mudanças fundamentais terão que ser implementadas junto ao novo recurso, para que ele traga os retornos que a sua empresa espera. Passar por todas as etapas de um projeto bem-sucedido, incluindo a de planejamento, é tão importante quanto escolher os melhores sensores do mercado.

Para que corra tudo bem, é preciso, primeiro, criar uma visão sobre o que o empreendimento deseja obter com IoT. Outro ponto importante é a mudança da cultura empresarial. O suporte dos gestores vai garantir que a Internet das Coisas transforme a organização — e ele só pode ser obtido quando a tecnologia é bem compreendida por todos que a utilizarão.

Os melhores projetos de IoT são aqueles que começam simples e gradualmente evoluem para englobar todos os processos empresariais, ou seja, que têm etapas de curto, médio e longo prazo. Começar em uma escala pequena permitirá observar como a tecnologia se integra às atividades empresariais e que impacto ela traz imediatamente. Munido dessas informações, será mais fácil entender se o seu planejamento era (e ainda é) realista.

Tenha em mente que mudanças abruptas podem gerar alterações no modelo organizacional para as quais a sua empresa ainda não está preparada. Portanto, implementar IoT aos poucos irá ajudá-lo a aprender com a tecnologia e a organizar sua empresa para as transformações que estão por vir.

Logo no começo do projeto, também será preciso preocupar-se com a infraestrutura de rede da empresa. Na maioria dos casos, ela terá que ser revista completamente para comportar os vários novos dispositivos que estarão integrados à internet. Como pode ver, os desafios de implementação são muitos e é preciso estar ciente deles antes de dar prosseguimento ao seu projeto.

Como o mercado está acompanhando o crescimento?

Curioso para saber como outras empresas estão pensando em Internet das Coisas e o que você pode esperar para essa tecnologia nos próximos anos? É impossível prever o futuro, mas instituições e profissionais renomados podem nos dar uma ideia bastante clara de como os investimentos em IoT se pagarão. Confira algumas das tendências de IoT e entenda como o mercado acompanhará o crescimento dessa tecnologia!

A prioridade são as empresas

Em outro tópico, já mencionamos a importância da IoT, mas não é só por aqui que você a verá sendo priorizada em relação às outras aplicações para IoT. Embora recursos como o Google Home promovam a sua popularização, nos próximos anos, é a IIoT que ganhará destaque.

Os consumidores ainda não abraçaram a Internet das Coisas como as empresas, e quem se dedica a desenvolver soluções na área passará a se concentrar nas organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.

Crescimento constante

No passado, o movimento para investir em IoT foi abrupto — o que gerou uma intensa migração de capitais para a utilização dessa tecnologia em particular. Hoje, mais maduras, as pessoas apostam em Internet das Coisas não pelo modismo, mas porque conseguem ver aplicações úteis dessa tecnologia em seus empreendimentos. Isso quer dizer que não haverá um crescimento precipitado na área nos anos a seguir: o que encontraremos é uma curva em contínua ascensão.

Algumas áreas, porém, investirão mais que as outras. Saúde e varejo devem preocupar-se em integrar dispositivos conectados à internet em suas rotinas mais do que qualquer outra indústria até 2020.

Foco na coleta de dados

Segundo Riaz Merchant, fundador da Thriftly, nos próximos anos, a grande mudança será a utilização de dados para a tomada de decisões dentro e fora das empresas. Os dispositivos conectados à nuvem serão fundamentais para movimentar o processo decisório, e a capacidade de conectar-se a dados em tempo real mudará como lidamos com tecnologias como BI e Big Data.

Que segmentos já usam IoT com sucesso?

Algumas indústrias já estão avançadas no uso de IoT, portanto, devemos olhar para elas quando queremos entender exatamente que impacto essa tecnologia terá em nossas rotinas. Manufaturas, agricultura e empresas de energia são líderes nos investimentos e nas aplicações da Internet das Coisas. Nos tópicos abaixo, você verá como essas empresas utilizam o recurso e poderá se inspirar para adotá-lo também. Confira!

Manufaturas

As manufaturas foram as primeiras a adotar tecnologias como a automação, por isso, não é de se admirar que elas estejam na ponta dos investimentos em IoT. Afinal, para se manterem competitivas, essas empresas precisam aumentar constantemente sua produtividade e devem pensar frequentemente em como a tecnologia pode impactá-la.

A maioria das plantas de produção já incluem sensores de IoT e tecnologias — como o machine learning — que ajudam-nas a fazerem ajustes nos processos. Esses reparos não impactam apenas na produtividade, mas também na qualidade das peças entregues. Além disso, as informações coletadas pelos dispositivos conectados à internet são analisadas constantemente, por meio de um software preditivo.

Um dos principais impactos disso está na qualidade do maquinário. Com os dados dos sensores, empresas podem antecipar quando uma máquina vai parar de funcionar e agendar manutenções preventivas.

Agricultura

Mas não é só nas cidades que a Internet das Coisas tem gerado grande impacto. O agro investe no recurso como uma maneira de controlar melhor a produção e aumentar a qualidade das frutas, vegetais e grãos que distribui. Uma das principais aplicações para IoT, aqui, reside no monitoramento da qualidade do solo. Mudanças no clima podem fazer com que os sensores sejam ativados para corrigir alterações que poderiam prejudicar o sabor ou a textura dos produtos finais.

Energia

A indústria energética é outra que vê grandes benefícios na utilização de IoT. Petrolíferas apostam em sensores para perceber variações de temperatura e pressão ao drenarem gás e óleo. Elas utilizam as informações recebidas pelos dispositivos para fazer mudanças na velocidade ou na força com que seu maquinário opera.

Grids inteligentes também são uma novidade para as empresas de distribuição de energia elétrica e vêm sendo utilizados para distribuir melhor o recurso. As organizações do setor são algumas das que mais investem em IoT, pois o recurso não só otimiza a forma como trabalham, mas também ajuda a preservar o meio ambiente — o que é fundamental para que elas continuem em operação.

Não importa em que área o seu empreendimento está inserido, que tipo de clientes atende e qual é a relação da sua empresa com tecnologia hoje. A Internet das Coisas veio para causar uma revolução, seja no consumo de energia, na produção de alimentos ou na automatização das indústrias. É preciso avaliar como o recurso pode ser utilizado pela sua organização o quanto antes e começar a planejar uma estratégia para colocá-lo em ação.

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